sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Pequeno prazer da vida #3

- Ver o teu sorriso quando você me abre a porta da tua casa, depois da gente passar um mês sem se ver.

sábado, 9 de novembro de 2013

Pequeno prazer da vida #2

- Ver, do alto de uma janela no avião, Curitiba como se fosse uma maquete.

domingo, 3 de novembro de 2013

nó na garganta
aperto no peito
coração amarrado

muitas expressões
pra um só sentimento:
saudade.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Pequeno prazer da vida #1

- Ouvir música no Circular com a USP passando como plano de fundo.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013


O meu pensamento tem a cor de seu vestido
Ou um girassol que tem a cor de seu cabelo?

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Poeminha

gosto quando você vem e chega me beijando
me tirando a cabeça do lugar
gosto quando você deita na minha cama
me deixa com o teu cheiro
passa a mão no meu cabelo 
que logo se mistura com o teu
(um fiapinho loiro fino 
no meio dos teus cachos imponentes, 
que atrevimento!)

gosto quando você vem e chega
gosto quando você vem e deita
gosto de tudo
só não gosto quando
você vai
embora.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O aperto no peito me fez muito sentido quando lembrei que é quase outubro. Um mês triste. A cada memória que ressurge, lacrimejo. É difícil ser forte quando lembro que você não está aqui, ou quando lembro que você sequer chegou a ver toda essa mudança que eu consegui fazer na minha vida. A última conversa que tivemos foi sobre - veja só - baterias de carro. Eu mal consegui disfarçar o embargo na minha voz por te ver daquele jeito, numa cama de hospital. Minutos depois saí com a desculpa de ir ao banheiro mas, na verdade, fui chorar no corredor. Coisa que fiz mais de uma vez, aliás. Os corredores dos hospitais me eram estranhamente familiares. 

Um dia desses me lembrei da sua foto, aquela que eu tirei naquela chácara em que fizemos a festa de bodas. Acho que ela te retrata tão bem. E na hora foi uma coisa tão simples, tão natural. Eu estava andando por lá, sozinha, tirando algumas fotos, quando te encontrei passeando com uma taça de vinho na mão. Eu apontei a câmera e você parou. Posou. Sereno como sempre. Sereno, tranquilo, como sempre vinha até a janela de casa e, depois de apertar a campainha três vezes, fazia a mesma pergunta de sempre: "o pai? a mãe?". Ou quando chamava o pai por "che, Leo"... Lembrar da sua voz me dá um aperto no peito mais forte ainda.

Te carrego comigo na forma de andorinha, mas a falta nunca vai deixar de ser imensa.


sábado, 14 de setembro de 2013

Aconteceu ontem. 
Eu estava no ônibus, indo pra casa de uma amiga, quando percebi que estava sorrindo involuntariamente. O ônibus passava pelo meu lugar favorito da cidade: as pontes que ligam a Francisco Morato com a Rebouças e várias outras ruas, e eu estava ali, sorrindo pra um monte de concreto, de carros (que tinham, provavelmente, muita gente mal humorada dentro deles) e um horizonte que tinha como peça um rio Pinheiros muito fedido. Meu caso de amor por esse lugar é antigo e sincero. Começou já na primeira vez em que vim pra São Paulo, no dia da matrícula da USP. No carro, tentando voltar pra Curitiba, mas presos em meio a congestionamentos intermináveis, passamos por essas pontes e eu fiquei atordoada com a urbanidade desse lugar. As luzinhas dos carros, a estação da CPTM, o rio Pinheiros... Todos esses elementos típicos de São Paulo ali, na minha frente. Tudo de que eu sempre ouvi falar, mas nunca tinha visto. E eu estava ali.
Mais tarde o sorriso involuntário se repetiu algumas vezes. Da casa da minha amiga, fomos até uma Avenida Paulista louca e fascinante. Uma Paulista que, apesar de ser a mesma que está lá, todos os dias, naquela noite de sexta estava incrivelmente diferente. Uma banda que fazia um show doido na frente do Center 3, um duo de sax e bateria com cabeças de panda e cavalo tocando Claudinho e Bochecha, uma roda de capoeira na frente da Cásper... E gente, muita, muita gente. Gente de todos os tipos. E me pareceu incrível que eu estava ali, no meio de todas aquelas pessoas, sendo uma delas. Uma pessoa que mora em São Paulo. Uma pessoa que pega o metrô, e agora sabe mais ou menos que ônibus pegar quando quer ir pra algum lugar. Uma pessoa que aos pouquinhos está construindo a vida aqui e que ontem, enquanto sorria involuntariamente, percebeu que não se sentia tão feliz assim em um lugar há muito tempo.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Emaranhado

ao buscar a verdade
tenho medo de me perder
dar a volta, um círculo inteiro
e, no fim, esquecer

o que eu quis no início
será o mesmo no final?

ao buscar o melhor de mim
tenho medo de encontrar 
em meio a esse caminho egoísta
uma parte minha hedonista

se antes havia um farol
ele agora está morto, apagado
de que adianta resistir às tormentas
para permanecer cego e abandonado?

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

É madrugada e não se pode ver muito, exceto pelos poucos pontos atingidos pela fraca luz que vaza pela cortina. Tudo é penumbra, mas ela não sabe dizer se é por conta das lágrimas, da forte miopia ou do próprio escuro. 
Sente o peso das cobertas sobre o seu peito. Sente a marca que seu corpo deixa sobre o colchão. Sente a cabeça pesar sobre o travesseiro. 
Como pode sentir tudo e, ao mesmo tempo, nada?
Como pode querer nada e, ao mesmo tempo, tudo?
Pensa que, se fosse possível, mediria as doses de amor e de amizade numa quantidade diária ideal de cinco colherzinhas de café, distribuídas entre a manhã e a tarde. Passaria todas as madrugadas sozinha, porque aprecia a solidão e os pensamentos vindos dela. Tudo sempre dentro de uma dieta balanceada, afinal ela ainda se recuperava de uma fatídica overdose de escuridão que a levara à loucura, e a loucura era um abismo muito profundo ao qual ela jamais gostaria de retornar. 

domingo, 14 de julho de 2013

Curitiba e o seu poder sobrenatural sobre mim: menos de duas semanas aqui e já me sinto agoniada e inquieta como antes. Na verdade, agora parece ser pior, porque nada me tranquiliza mais: nem mesmo andar pelas ruas, o que costumava ser meu santo remédio, além de ser o jeito mais efetivo de organizar meus pensamentos. Agora, os caminhos parecem levar a lugar nenhum. Pior ainda: levam a um meio temporário. Tudo mudou, e Curitiba não teve sequer a consideração de esperar que eu voltasse pra ver. Tudo mudou. E eu não vi. Só uma única coisa não mudou: o frio. O vento gelado que faz doer os ossos ainda vive em terras curitibanas. Mas eu me desacostumei ao frio.
Dói pensar em tudo o que eu deixei pra trás quando decidi me mudar. A velha história do "tudo que poderia ter sido mas não foi". Todas as alegrias que eu poderia ter, mas não tive. Todas as pessoas que eu poderia conhecer, mas não conheci. Tudo o que eu poderia fazer, mas não fiz... Sim, é óbvio - é lógico - que eu estaria considerando o mesmo se não tivesse ido pra São Paulo; mas, entenda: esse é o principal motivo de toda a minha inquietação. A escolha.
Tenho a impressão de que sou uma turista presa por aqui, por enquanto. Sem ter muita noção de quando vou embora de novo, mas com a certeza de que vai ser depressa e de repente. E, apesar de tudo, dolorido, como sempre.

Na madrugada o silêncio lindo limpo
que embala o meu grito rouco que 
não sai de dentro de mim
ensurdece enlouquece atiça a minha alma
e ecoa

estremeço
permaneço imóvel
lacrimejo
mas não choro
adormeço
mas não durmo.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

De tesouras e franjas

No auge de seus 8 anos, em um típico dia de inverno, Alice cortou sua própria franja. A culpa foi da tesoura de cabo azul, que estava sobre a escrivaninha e a mirava com ar de desafio. "Controle-me se for capaz!", dizia a tesoura à menina, que no dia usava um conjunto de moletom de calças cor-de-rosa. Após um longo trocar de olhares com a tesoura, Alice decidiu tomá-la às mãos. E então o fez - e sem dar ao menos uma espiada no espelho. Sentiu os fiapos de cabelo que antes estavam presos à sua cabeça passarem por seu nariz e em seguida os viu cair ao chão. A sensação foi tão libertadora que Alice tornou-se uma cortadora compulsiva: cortou a colcha, o tapete e a cortina. O som da tesoura cortando o que quer que fosse era puro deleite aos seus ouvidos. A menina sentia-se no controle não só daquelas pequenas hastes envoltas em plástico azul, mas também de si própria e do mundo. O frenesi durou ainda alguns instantes até que, subitamente, Alice foi dominada pelo medo. Não se pode sair por aí cortando tudo o que se vê pela frente, afinal. Ou será que pode? O medo a fez tentar camuflar seus feitos. Ridiculamente tentou esconder os fiapos de cabelo atrás da porta; prendeu a cortina e dobrou a colcha. Mesmo assim, algum tempo depois a mãe, em visita ao seu quarto, notou o que a pequena Alice havia inventado. E então veio a bronca. A bronca que silenciou Alice. Que silenciou o cortar.
Incapaz de cortar, dali em diante Alice passou a viver no marasmo do tedioso mundo dos cabeleireiros e seus salões de beleza. Era difícil encontrar um que não mutilasse seu cabelo. Assim, a migração era frequente.
Aos 21 anos, já morando longe dos pais, a menina havia se tornado independente. A louça, ela lavava com esponja e detergente; a roupa, com sabão; o cabelo, com shampoo e condicionador. Tudo aparentava estar em seu lugar. Apenas aparentava, pois ela sabia que lhe faltava algo. Um dia, em seu quarto, em meio à bagunça de sua escrivaninha, encontrou sobre ela uma tesoura. Uma tesoura de cabo azul. Uma tesoura de cabo azul, que deveria estar na gaveta, mas que pela pressa ou algo que a interrompeu durante a tarefa de guardá-la na tal gaveta após o uso fez com que Alice a pussesse ali mesmo, sobre a escrivaninha. E então a troca de olhares, e então novamente o jogo de poder. Alice tomou-a às mãos e cortou. Cortou a franja, e dessa vez apenas a franja, pois o frenesi era tanto que já a satisfazia. Dessa vez, mirou-se no espelho. Queria um resultado perfeito. E o conseguiu.
Se o tivesse feito em qualquer outra fase da vida, a franja teria ficado torta. Torta como estavam seus pensamentos, suas decisões, seus rumos. De certa forma, a franja recém-cortada que Alice agora admirava pelo espelho refletia o seu estar e a sua certeza. O domínio sobre a tesoura era também o domínio sobre a sua vida.

domingo, 19 de maio de 2013

Caindo
num buraco fundo
um poço profundo
cheio d'água
semtempoprarespirar.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Despedida. Ao mesmo tempo em que me dói o peito, anseio como nunca voltar. Por fim acho que entendo um pouco do sofrimento do meu pai, uruguaio radicado no Brasil há mais de vinte anos: ele sempre me disse que quando está aqui sente falta de lá e que, quando está lá, sente falta daqui.
Pois bem. Eu estou nisso.
Quando em Curitiba, sinto falta de São Paulo.
Quando em São Paulo, sinto falta de Curitiba.
Essa dorzinha leve que me acompanha todos os dias agora toma conta de todo o meu corpo enquanto miro minha mala aberta, sobre o chão, e a bagunça - que também sempre levo comigo - espalhada por todo o quarto.
Estou fadada a ser uma eterna itinerante. A sempre sentir saudade, a sempre querer voltar, a sempre desatar a chorar sem motivo ou explicação qualquer simplesmente por sentir falta de alguma coisa, de alguém, seja lá o que for, não importa onde eu esteja.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

O medo do erro
E o medo do acerto
E o medo do medo do medo
Tudo o que eu queria 
por enquanto,
pelo menos,
era não ter mais
medo.

há, dentro de mim, uma bomba
que espera silenciosamente
o momento da explosão.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

toda uma vida baseada no
pequeno
ínfimo
ridículo
limiar entre a
fome e a
vontade de comer.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Se só compreendemos uma nova língua quando passamos a entender o silêncio entre suas palavras, só compreendemos uma pessoa quando enxergamos seus vazios?

domingo, 7 de abril de 2013

Um copo de Coca e um parágrafo. Um copo de Coca e uma linha. Um copo de Coca e uma palavra. Um copo de Coca e...

sábado, 6 de abril de 2013

Quem nasce com coração?
Coração tem que ser feito.
Já tenho uma porção
Me infernando o peito.

Com isso ninguém nasça.
Coração é coisa rara,
Coisa que a gente acha
E é melhor encher a cara.

Paulo Leminski

(Ontem, na sala de espera da rodoviária, lendo esse poema no livro do Leminski que ganhei de presente da minha mãe - acho que nunca vou conseguir agradecê-la o suficiente, porque esse livro é incrível - me veio um sorrisão bobo na cara e uma vontade de rir muito alto. "É isso!", eu pensei. E, realmente... É isso. É isso!)  

quarta-feira, 3 de abril de 2013

todos começamos
e terminamos
como estranhos.

terça-feira, 2 de abril de 2013

queimo a língua com chá quente.
tenho pressa e não posso esperar
ou será que não quero?

(como algo pode estar ao mesmo tempo
tão perto 
e tão distante?)

quero já
o agora.
quero, agora
o impulso.

sábado, 30 de março de 2013

Feo, pero colorido pez


El podador primaveral
lo que me hizo crecer mucho más fuerte
Más fuerte de lo que imaginás 
Alto y elegante cual ciprés 
Más herido pero sin disfraz 
Feo, pero colorido pez 
como el de un jardín japonés 
como el de un jardín japonés

sábado, 23 de março de 2013

Casa

Pijama quentinho. Comida de mãe, abraço de vó. 
- Estás comiendo bien? Cómo te ha tratado São Paulo?
Nina latindo, confusão na mesa e frio, muito frio.
Casa com cheiro de casa, 
com sensação de casa, 
com gosto de casa.
Casa.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Frente fria

- atchIIIIIIIIIIIIm!
- atchÚ!
- AAAAAAAAAAAAtchim!
- atchÉÉÉm!


Em São Paulo, quando o frio vem de repente, desponta uma sintonia de caras amarradas e espirros.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Sente o vento no rosto, vive!
Vento gélido da manhã que rasga a carne,
mas que também beija e
sussurra no ouvido:
livre!

domingo, 17 de março de 2013

Vazio

Tenho acordado sentindo vazio
vazio na cama
vazio no quarto
vazio no armário
vazio em mim.
Um vazio que
inutilmente
tenho tentado preencher
com conversas vazias
beijos vazios
e copos vazios.
Como se tira o vazio
se vazio é buraco
que a gente mesmo cava?

terça-feira, 12 de março de 2013

Foi só parar que logo a vi vindo - essa nuvem cinza de tristeza que me envolve, me ata e me imobiliza. 
Dela sai o medo que me domina. Medo que me impede de agir, mas que não me impede de pensar. Na minha cabeça, mil situações se concretizam das formas mais diferentes possíveis. Já os meus olhos miram uma parede branca, de tinta descascada. 
Meus olhos miram o nada.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Não há salvação pra esse seu desejo
de ser você mesmo.

sábado, 2 de março de 2013

No silêncio do quarto
o relógio tique-taqueando no pulso
tique
taque
tique-taque
tique
Ouço cachorros de toda a vizinhança latindo
alarme de um carro que dispara
alguém fazendo barulho na cozinha
Do meu lado o colchão sem lençol, mas com
calça shorts toalha bolsa sacola almofada sutiã
Me sinto em casa.
Ainda bem.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Madrugada. Mesmo com a cortina da janela do ônibus aberta enxergo pouco. Borrões de luz, borrões de casas à beira da estrada, borrões de postos de gasolina. Quantas vezes, a partir de agora, vou fazer esse caminho? Apesar de tê-lo feito apenas duas vezes tenho a impressão de que já o sei de cor. A familiaridade me assusta. Por que eu nunca consigo dormir nessas viagens? Tenho inveja de quem encosta a cabeça no banco e consegue fechar os olhos. Enquanto o moço da minha frente dorme um sono profundo - sua cabeça acompanha os movimentos do ônibus e o seu corpo permanece imóvel, estático, paralisado - eu fico com os meus demônios, pensando em tudo o que está por vir e em tudo o que estou deixando. Medo e animação tomam conta de mim repetidamente, um substituindo o outro de uma maneira nada saudável. Nesse momento tudo o que eu quero, com todas as minhas forças, é dormir. Eu só quero dormir. Mas por que eu não consigo?
Por que eu não consigo dormir?
Por que eu não consigo dormir?
Por
que
diabos
eu
não
consigo
dormir?
    

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

meu rei migrou da barriga pro coração
e não sei o que é pior
pensar que só eu tenho razão
ou achar que os sentimentos dos outros são em vão.

(de algum dia perdido do ano de 2008)

***

No meio da mudança encontrei um caderno meu antigo de frases/poesias/textos. Esse aí de cima é um dos primeiros do caderno, então eu chuto que seja de 2008 (o ano do meu terceirão e incrivelmente o meu ano de maior criatividade e produtividade textual). Tô adorando ler tudo isso de novo.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Ritual

A água escorre pelo ralo
Cuspo creme dental com sangue
No espelho, rosto velho conhecido
A maquiagem já não disfarça as olheiras
O negro dos meus cílios se espalha
E o batom
vermelho 
borrado.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Na noite passada sonhei que estava andando pelo centro quando, de repente, te vi de costas no meio daquele povo todo. 
Parei. 
Ignorei. 
Continuei meu rumo.
Hoje, no bar, vi de canto de olho um rapaz de costas que julguei ser você. Imediatamente me lembrei do sonho - o subconsciente às vezes sabe mais sobre nós do que nós mesmos. E então, quando o rapaz se virou e percebi que não era você, entendi que o importante não era mais o ser ou não ser você. O importante é que eu mudei.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Eu sinto. É agora. Agora e adiante.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Seu corpo. Sua boca. Sua cama. Minha tentativa desesperada de te ter, mesmo sabendo que não te tenho mais - um fato claro, mas que minha mente torta faz questão de deixar nebuloso. Enquanto você acaricia minhas pernas vejo suas costas nuas e choro. Choro por não ter controle de mim, por estar indo em direção a um buraco sem fundo, choro por te amar. Você se vira e eu disfarço: seco as lágrimas com as mãos e sorrio. Dentro de mim, um peso que sufoca, que afoga, que mata.